quinta-feira, 13 de junho de 2013

E ae papel ou ventinho??



Depende. De acordo com um estudo da Unicamp, levando em conta apenas o gasto de energia, o papel pode ser uma opção melhor às máquinas de ventania utilizadas em alguns banheiros de shoppings e restaurantes.

A pesquisa comparou as duas formas de enxugar as mãos a partir de três aspectos: higienização, impacto ambiental e usabilidade. No quesito impacto ambiental, a comparação foi feita de acordo com cálculos de gasto de energia de cada uma das formas. Os secadores elétricos consomem energia durante o tempo de utilização. Já as toalhas de papel, durante o processo de fabricação.

No caso do secador elétrico, o resultado do gasto de energia é o produto da potência do aparelho pelo tempo de secagem. Como tanto a potência quanto o tempo necessário variam conforme o produto, a pesquisa chegou a uma média a partir de dados tabelados: eles consumem aproximadamente 32.000 J (joules) por secagem.



No caso das toalhas de papel, o cálculo foi feito da seguinte maneira: considerando que o gasto de energia para produzir papel para fins sanitários é de 3.395 GJ/tonelada (*referências bibliográficas podem ser encontradas no próprio PDF da pesquisa), uma toalha, que pesa em media 2.2g, equivale a 7.469 J.

Logo, para a secagem ideal (2 folhas), são gastos 14.938 J. No entanto, considerando que a média de uso é de 3,4 toalhas de papel por pessoa, esse número sobe para aproximadamente 25.395 J.

                                                                  

Conclusão
A primeira conclusão é de que as toalhas de papel são mais econômicas do que os secadores elétricos, desde que o consumo não ultrapasse cinco unidades por secagem.

No entanto, como tudo na vida é relativo, não podemos deixar de levar em conta que o estudo não inclui nos cálculos outros impactos causados durante a fabricação do papel, como a geração de resíduos químicos, a geração de toneladas de lixo que vão ocupar espaço em lixões e aterros e o uso de grande quantidade de água e madeira.

Fonte: Revista Ciência do Ambiente On-Line. Volume 5, número 2. Dezembro/2009.

Imagens:
Wikimedia Commons
Peter Merholz/Wikimedia Commons

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